Celso Garrefa – www.aesertaozinho.blogspot.com.br
As famílias estão cada vez mais isoladas. Não se juntam mais nem mesmo nos horários das refeições. Cada um se alimenta a seu modo e em seu tempo. Um no sofá da sala, assistindo televisão, com o prato nas mãos, outro no seu quarto, outro come qualquer coisa na rua e os membros da família se isolam dentro do mesmo espaço.
Vivemos em uma época onde o tempo parece-nos curto demais. Os pais saem cedo para o trabalho, muitas mães também trabalham fora ou possuem seus afazeres. Os filhos estudam, participam de atividades e cursos, com isso, o tempo que sobra para a convivência familiar é muito reduzido.
Mas, ainda há uma certeza. Todos precisam se alimentar e podemos aproveitar e fazer desse momento, um momento familiar, realizando as refeições sentados à mesa, com a família reunida.
Mas é importante que este momento seja, de fato, um momento da família, sem as interferências de tevês ligadas ou de celulares postos ao lado dos pratos.
É importante, dentro dessa regra, estabelecermos um tempo definido para a alimentação, aonde as pessoas, mais do que engolir correndo aquilo que é servido, possam agradecer e saborear a alimentação oferecida.
Não é hora de sermões, reclamações ou críticas, mas de abertura ao diálogo, de troca de contatos familiares. É uma grande oportunidade de plantarmos valores capazes de conduzir nossos filhos no caminho do bem, de marcarmos presença, deixarmos a nossa marca, introduzirmos valores e princípios familiares e assim, fortalecermos os vínculos afetivos, que é, sem dúvidas, o principal fator de proteção na formação dos filhos.
Essa prática também nos permite enxergarmos, acompanharmos e observarmos nossos filhos. Somente quem os conhecem muito bem e possuem contato direto com eles são capazes de perceber pequenas nuances de mudanças comportamentais e assim, orientar, ensinar e agir, se necessário.
O alimento servido na mesa de jantar, com a família reunida, além de alimentar o corpo físico, se bem aproveitado, possui o fantástico poder de agregar a família e fortalecer os vínculos afetivos, que é a base para a construção de uma família saudável.
Por Celso Garrefa – Sertãozinho / SP
Crédito: Celso Garrefa